BRICS lançam banco dos países emergentes
O Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul lançaram oficialmente o banco dos BRICS que deverá estar completamente operacional e financiar projectos de energia a partir de 2016. Na 7ª cimeira do grupo, em Ufá, na Rússia, os cinco países que constituem o grupo mostraram-se preocupados com a volatilidade dos mercados financeiros mundiais.
Publicado a: Modificado a:
Os cinco países emergentes do grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) lançaram o banco de desenvolvimento e um fundo de emergência durante a 7ª cimeira do grupo, em Ufá, na Rússia.
O banco dos países emergentes tinha sido acordado em 2013 e vai ter capital estimado de 100.000 milhões de dólares, cerca de 906.000 milhões de euros, devendo estar completamente operacional e financiar projectos de energia a partir de 2016, de acordo com o Presidente russo, Vladimir Putin.
O objectivo é que Novo Banco de Desenvolvimento seja uma alternativa para financiamentos de longo prazo, uma forma de diminuir a pressão do dólar americano no comércio internacional e de diminuir o peso de instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
Na cimeira, além do presidente russo, Vladimir Putin, participaram os presidentes chinês, Xi Jinping, sul-africano, Jacob Zuma, e brasileira, Dilma Rousseff, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Dilma Roussef declarou: "Eu acho que o mundo está passando por um processo bastante complicado. [Em] todas as estatísticas, o FMI está reduzindo para baixo (...) Vários países passam por crises muito graves. O Brasil - eu acredito - tem uma característica específica: nós, de facto, estamos passando por um momento extremamente duro."
Dilma Roussef, Presidente do Brasil
BRICS preocupados com a volatilidade dos mercados financeiros mundiais
OS BRICS manifestaram-se preocupados com a volatilidade dos mercados financeiros mundiais e com a queda do preço do petróleo, tendo ainda acordado chegar a um acordo rápido sobre o fim do programa nuclear do Irão.
A reunião dos chefes de Estado e de governo dos cinco países acontece após as grandes quedas das empresas chinesas cotadas em bolsa, tendo o presidente chinês Xi Jingping evitado comentar a crise nos mercados financeiros, limitando-se a afirmar que há “dificuldades” ao nível da economia mundial.
Os BRICS representam um quinto da produção mundial e 40% da população.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro