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Bolívia/Morales

Dilma prestigia posse de Evo Morales, em terceiro mandato consecutivo na Bolívia

Evo Morales, 55 anos, assumiu nesta quinta-feira (22), o cargo de presidente da Bolívia pela terceira vez consecutiva. Com 61% dos votos nas eleições de outubro, ele foi o primeiro líder boliviano a ser eleito em primeiro turno em mais de 30 anos. A presidente brasileira, Dilma Rousseff, deixou de ir ao Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, na Suíça, para prestigiar o colega sul-americano.

Dilma Rousseff entre o bolivano Evo Morales (à esq.) e Rafael Correa (à dir.), do Equador.
Dilma Rousseff entre o bolivano Evo Morales (à esq.) e Rafael Correa (à dir.), do Equador. REUTERS/David Mercado
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O discurso de posse enalteceu a economia do país. "Aqui na Bolívia não são os banqueiros que governam, aqui governa o povo - agora temos democracia e estabilidade política", disse Morales."Agora temos nossa própria identidade, temos mudado a situação econômica e social da Bolívia, ainda que falte consolidar algumas políticas", acrescentou.

Promessas econômicas

Morales citou planilhas com indicadores econômicos, comparando os números de seus dois mandatos anteriores, de 1997 a 2005. Ele também mencionou que o PIB per capita boliviano triplicou durante a sua administração. O boliviano prometeu reduzir a pobreza extrema a apenas um dígito – 8% ou 9% - até 2020.

O presidente boliviano inicia seu terceiro mandato em uma posição um pouco menos confortável em relação ao ano passado: a projeção da CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e o Caribe), mostra que o PIB boliviano, que deveria crescer mais de 5%, não deverá passar de 4,5%, mesmo que esse índice seja invejável em comparação ao de seus vizinhos latinos. O motivo é a queda do preço do petróleo, que influencia as exportações de gás, uma das principais fontes de riqueza bolivianas.

Estreitando laços

Durante o discurso, Morales também agradeceu a presença de Dilma Rousseff e a recente acolhida médica do Brasil ao governador de Cochabamba. A presidente brasileira ficou poucas horas na capital La Paz, mas foi um dos grandes destaques da cerimônia de posse, ao lado do colega equatoriano Rafael Correa.

Foi primeira visita oficial de Dilma à Bolívia, acusada de manter uma relação “fria” com o chefe de Estado latino, um grande amigo de Lula. O distanciamento entre o Brasil e a Bolívia começou com a nacionalização dos ativos da Petrobrás, em 2006. Em 2012, o estremecimento foi piorado com o asilo político concedido ao senador oposicionista Roger Pinto Molina, que passou 15 meses vivendo na embaixada brasileira em La Paz.

Em agosto de 2013, o diplomata brasileiro Eduardo Saboia fugiu com o senador para o Brasil, mesmo sem autorização prévia do Itamaraty. Desde o episódio, a embaixada brasileira em La Paz não tem embaixador oficial.

A presença da presidente brasileira é vista como um sinal de reaproximação.
 

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