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Rússia/Greenpeace

Brasileira do Greenpeace pode receber anistia ainda neste Natal

Em consequência da lei de anistia aprovada pelos parlamentares na semana passada, a justiça russa começou a encerrar os processos contra os ativistas do Greenpeace, acusados de "vandalismo" por terem realizado um protesto contra a exploração petrolífera no Ártico. A brasileira Ana Paula Maciel, que fazia parte da tripulação do navio Arctic Sunrise, pode receber a anistia ainda neste Natal.

Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace, pode receber a anistia do governo russo ainda neste Natal; a imagem mostra a brasileira ao sair da prisão no final de novembro.
Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace, pode receber a anistia do governo russo ainda neste Natal; a imagem mostra a brasileira ao sair da prisão no final de novembro. Greenpeace/Twitter
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O Greenpeace informou que o britânico Anthony Perrett, uma das 30 pessoas que estavam a bordo do navio Arctic Sunrise e foram presas em setembro, foi informado nesta terça-feira, 24 de dezembro de 2013, que o processo contra ele havia sido encerrado.

Um pouco mais cedo, um porta-voz da ONG já havia informado que três militantes haviam sido notificados sobre o fim das investigações. Eles poderão deixar a Rússia assim que receberem um visto de saída dos serviços de imigração. Os outros ativistas presos, enres eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos, devem ser notificados do fim do processo contra eles nos próximos dias.

Das trinta pessoas presas, 26 são estrangeiras. Até agora elas eram obrigados a permanecer no território russo. Tendo sido presos em alto mar pelas forças de segurança russas, os militantes não receberam um visto indicando sua entrada legal na Rússia, por isso não podiam sair do país.

Os 28 ativistas e dois jornalistas presos assinaram na segunda-feira um documento no qual dizem não se opor à anistia votada na semana passada pelo parlamento russo para marcar os 20 anos da Constituição.

Eles haviam sido presos em setembro após uma ação contra uma plataforma petrolífera da Gazprom no Ártico, a fim de denunciar os riscos da exploração de hidrocarburantes nessa zona que tem um ecossistema particularmente frágil.

Detidos em um primeiro tempo em Murmansk, dentro do círculo polar ártico, os ativistas foram em seguida transferidos para São Petersburgo, antes de serem colocados em liberdade provisória em novembro.

A acusação inicial era de pirataria, um crime passível de até 15 anos de prisão. Mas depois a justiça mudou a acusação para "vandalismo", que pode ser punido com até sete anos de detenção.

O tribunal internacional de direito marítimo havia pedido no final de novembro à Rússuia que permitisse aos integrantes estrangeiros da tripulação voltar a seus países de origem.

Mas a Rússia havia comunicado que não reconhecia a competência desse tribunal no caso do Greenpeace.

O anúncio desta terça-feira acontece um dia depois da libertação das duas opositoras do grupo Punk Riot, que também foram anistiadas, e quatro dias após a graça concedida pelo presidente Vladimir Putin ao ex-oligarca e crítico do Kremlin Mikhail Khodorkovski.

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