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Eleições 2010/França

Verdes franceses comemoram desempenho de Marina Silva nas urnas

O Partido Verde francês e o grupo parlamentar Europa Ecologia expressaram nesta segunda-feira "grande satisfação" com a votação de Marina Silva no primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil. A candidata do PV ganhou bastante votos no Nordeste, nota um representante do Partido Socialista.

Cécile Duflot, secretária nacional do Partido Verde francês.
Cécile Duflot, secretária nacional do Partido Verde francês. DR
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Adriana Moysés / João Alencar

Em um comunicado conjunto, deputados das duas legendas elogiaram o crescimento do voto ecologista no Brasil. "Mais de 19 milhões de eleitores confirmaram seu comprometimento com políticas ecologistas que tanto esse país emergente como o planeta necessitam com urgência", diz o texto, lembrando que o Brasil sofre com problemas ambientais e tensões sociais graves. "Esse resultado confirma a crescente adesão às políticas ecologistas no mundo, seja na América, na Austrália ou na Europa. Uma alternativa se desenha, a da ecologia e de seu projeto de sociedade, que rompe com as políticas produtivistas a qualquer preço", conclui o comunicado dos verdes.

Socialista acredita na vitória de Dilma

Em entrevista à RFI, Eduardo Cypel, membro do Partido Socialista francês, que tem na região parisiense um posto equivalente ao de deputado estadual no Brasil, acredita que a candidata do PT, Dilma Rousseff, não deve encontrar grandes dificuldades para vencer as eleições no segundo turno.

"A grande lição desse primeiro turno é que o resultado da Dilma Rousseff é muito importante. É praticamente 50%. Então, a dinâmica está altamente favorável a Dilma, qualquer que seja a distribuição dos votos da Marina Silva", coloca. "Eu acho que uma parte da explicação para o alto resultado da Marina Silva é que ela ganhou bastante votos no Nordeste. Votos, esses, que poderiam ser da Dilma", acrescenta.

Eduardo Cypel avalia ainda que o segundo turno não significa uma derrota para o presidente Lula. "O Lula nunca conseguiu se eleger num primeiro turno. Além disso, levar a Dilma Rousseff, que tinha no início da campanha apenas 3% de intenção de voto a 46% no primeiro turno, com mais de dez pontos na frente do segundo colocado, já é uma grande vitória. E isso é incontestável", conclui.

Senador do partido de Sarkozy torce por Serra

O senador Roland Du Luart, presidente do grupo de Amizade França-Brasil no Senado francês, e membro da UMP, partido do presidente Nicolas Sarkozy, estima que um segundo turno já era esperado, devido aos últimos escândalos de corrupção que provocaram a demissão da ex-ministra da Casa Civil e braço-direito de Dilma Rousseff, Erenice Guerra.

O senador ressaltou que a UMP não tem preferência entre Dilma Rousseff e José Serra, mas ele, pessoalmente, torce pelo candidato do PSDB. "Pessoalmente, eu sou mais próximo da linha de pensamento de José Serra, já que ele segue os mesmos princípios do ex-presidente Cardoso, que eu conheci bem. Mas eu tenho certeza que, uma vez no poder, seja um ou outro, eles vão seguir a mesma política, sem ruptura. Se o presidente Lula é tão popular hoje, é porque ele não rompeu com o seu antecessor. O que ele fez foi melhorar as condições sociais, fazendo com que o país tenha hoje um crescimento extraordinário."

O senador lembrou ainda o grande número de eleitores brasileiros que preferiram não votar. A taxa de abstenção foi de 18% e os votos nulos chegaram a 9%. Num país onde o voto é obrigatório, diz o senador, esses números merecem uma reflexão.

01:45

Parlamentares franceses comentam o resultado das eleições

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