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São Tomé e Príncipe

São Tomé preocupado com desvinculamento de Angola da Enco

Na sequência do recente anúncio pela petrolífera angolana Sonangol da sua intenção de vender as acções que detém na sua congénere são-tomense Enco, na qual se situa em posição maioritária, o primeiro-ministro são-tomense deu hoje conta da sua preocupação mas assegurou que o seu executivo vai conseguir "adaptar-se à conjuntura".

Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro são-tomense
Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro são-tomense Facebook MLSTP PSD
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"Vamos nos adaptando à conjuntura. Certamente vamos acompanhar com preocupação, são processos de soberania e vamo-nos adaptar", declarou Jorge Bom Jesus à margem da comemoração do 44° aniversário do Dia das Nacionalizações. Oiçamo-lo.

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Jorge Bom Jesus, Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe em declarações à agência Lusa

No dia 20 de Setembro a Sonangol anunciou a venda já a partir de 2020 dos seus activos em 26 empresas, sendo que vai igualmente vender as acções que detém em três empresas em 2021 e uma em 2022. Da lista de empresas das quais a Sonangol vai retirar-se consta a Combustíveis e Óleos de São Tomé e Príncipe (Enco) na qual a Sonangol detém 76% do seu capital social desde 2008. Onze anos depois de tomar o controlo desta empresa, a petrolífera angolana indica que a partir do ano 2021, a Enco já não estará inserida no grupo de cerca de 200 empresas controladas ou participadas pela Sonangol.

Tal como outras empresas públicas angolanas, a Sonangol está a recentrar as suas actividades e, no horizonte 2022, deveria ela própria ser privatizada. Angola que pretende dar um novo impulso à sua economia com o apoio do FMI e do Banco Mundial, tem estado a conduzir uma política de privatizações que abrange, para além da Sonangol, empresas como a Endiama ou a TAAG.

Neste contexto, ao referir respeitar as "decisões das autoridades angolanas", o chefe do executivo são-tomense defendeu a necessidade de "se relançar o sector privado, sobretudo o investimento privado directo", argumentando que "o Estado tem que ir paulatinamente saindo das empresas". Ao constatar que Angola entrou neste processo, Jorge Bom Jesus declarou que o seu país "também vai seguir essas pegadas para estimular o tecido empresarial nacional".

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