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Angola

Angola faz balanço da operação "Transparência"

Um ano depois de encetar, no dia 25 de Setembro de 2018 a operação "Transparência" de combate à imigração clandestina, pesca ilegal, narcotráfico, contrabando de mercadorias, garimpo e tráfico de diamantes, o governo angolano esboçou um balanço das suas actividades.

Garimpo na Lunda Norte
Garimpo na Lunda Norte RFI
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Em conferência de imprensa hoje em Luanda, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, indicou que cerca de 550 mil imigrantes clandestinos foram detidos, o governante afirmando que mais de 430 mil abandonaram voluntariamente o país e cerca de 90 mil foram repatriados, sendo que segundo dados divulgados hoje, o Estado angolano gasta anualmente três a quatro mil milhões de dólares para o repatriamento de imigrantes clandestinos.

De acordo com o governo angolano, boa parte dos imigrantes ilegais vinham da República Democrática do Congo, seguidos pelo Senegal, Mali, Eritreia, Guiné Conacri e em número mais reduzido São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cuba.

Durante este processo que começou por arrancar nas províncias das Lundas Norte e Sul, Cabinda, Malanje, Moxico, Bié, Uíge e Zaire para depois estender-se ao resto do país, ONGs não deixaram de denunciar alegados excessos por parte de agentes policiais, atropelos desmentidos pelas autoridades.

No âmbito desta operação à qual o governo indicou tencionar dar continuidade, Pedro Sebastião informou também que "cerca de 35 mil quilates de diamantes foram apreendidos" sendo que, de acordo com o governante, foram encerradas 96 cooperativas ilegais de diamantes, quatro projectos mineiros e 289 casas de compra de diamantes". Oiçamos.

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Ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião em declarações recolhidas por Daniel Frederico

Referindo-se ainda a outra vertente da operação "Transparência" cujas actividades se estenderam aos cerca de 1.600 km da orla costeira angolana no passado 25 de Março para combater nomeadamente o tráfico de drogas, contrabando de mercadorias ou ainda a pesca ilegal, Pedro Sebastião indicou que foram efectuadas 1.400 missões, tendo sido registadas 390 interpelações.

Dessa vertente da operação "Transparência", este responsável indicou ainda que foram apreendidas 356 embarcações de pesca, 165 ml de combustíveis, mais de 250 toneladas de pescado e 50 de crustáceos, sendo que de acordo com dados também hoje divulgados pelo governo, o Estado angolano arrecadou neste vertente da operação "Transparência" mais de 237 mil Euros na aplicação de multas. Oiçamos.

00:57

Ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião em declarações recolhidas por Daniel Frederico

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