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Angola

Angola com “esperança” para Grandes Lagos

O Presidente angolano, João Lourenço, disse, esta sexta-feira, que tem “esperança” em “dias melhores” para os problemas existentes nas fronteiras entre a República Democrática do Congo, o Ruanda e o Uganda, mas afastou a possibilidade de uma “solução imediata”. 

João Lourenço, Presidente angolano. Imagem de arquivo: 25 de Maio de 2019.
João Lourenço, Presidente angolano. Imagem de arquivo: 25 de Maio de 2019. Michele Spatari / AFP
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As declarações do Presidente angolano foram feitas na abertura da mini-cimeira que reúne, esta sexta-feira, em Luanda, os chefes de Estado da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, do Ruanda, Paul Kagamé, e do Uganda, Yoweri Museveni.

Na agenda estão a segurança e a estabilidade na região dos Grandes Lagos e, em particular, os conflitos fronteiriços que envolvem as tropas ruandesas, ugandesas e congolesas.

"A ordem de trabalhos que trazemos é curta. Tem a ver com uma breve informação sobre a segurança na fronteira entre os três países e as relações entre o Uganda e o Ruanda. Mais uma vez aproveitar a oportunidade para agradecer o facto de terem aceite virem a Luanda na certeza de que muitos dos problemas que esta sub-região vive poderão conhecer - não digo uma solução imediata - mas pelo menos uma esperança de que possamos conhecer dias melhores num futuro breve", disse João Lourenço.

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João Lourenço, Presidente de Angola, sobre Grandes Lagos

O presidente angolano garantiu que Angola fará tudo para trazer a estabilidade à região.

Esta é a segunda mini-cimeira depois de outra realizada em Nsele, a leste de Kinshasa, em Maio, quando se abordou o fenómeno dos grupos armados congoleses e estrangeiros que actuam nesse país e criam instabilidade na região. Agora, pela primeira vez, o encontro conta com o Presidente do Uganda.

 

Comunicado final da cimeira:

De acordo com o comunicado final do encontro, “durante a presente cimeira, os quatro chefes de Estado passaram em revista a situação política, económica e de segurança no continente em geral e na sub-região em particular, assim como o reforço da cooperação entre os quatro países”.

“Os Chefes de Estado destacaram a importância do diálogo permanente, franco e aberto que se deve desenvolver, quer a nível bilateral entre os Estados da região, como no plano multilateral, para a consolidação da paz e segurança, como premissas fundamentais à integração económica”, continua o documento.

O comunicado refere, ainda, que foram saudados “os esforços empreendidos pelas autoridades da República Democrática do Congo na pacificação de todo o território nacional” mas foi condenada “a persistência de grupos armados no leste do país, que obstaculizam o processo de paz em curso e destabilizam os países vizinhos”.

Os chefes de Estado comprometeram-se a “continuar a dedicar uma atenção particular à criação de um ambiente propício para o fomento da cooperação entre os seus respectivos países em domínios de interesse comum, incluindo político e económico” e em “priorizar a resolução de qualquer diferendo entre os seus respectivos países por meios pacíficos, através dos canais convencionais e no espírito de irmandade e solidariedade africanas”.

Os Presidentes também acordaram “apoiar os esforços do Governo da República Democrática do Congo e colaborar no processo de normalização da situação do surto do vírus do ebola” e saudaram “a vontade política do Uganda e do Ruanda em prosseguir o diálogo com vista a encontrar-se uma solução para os problemas existentes”.“Nesse sentido, a cimeira incumbiu a República de Angola de facilitar este processo, com o apoio da República Democrática do Congo.”

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