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Angola

Cabinda: As duas faces da paz

A associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos diz que a política em Cabinda é desastrosa porque o governo não está aberto ao diálogo. Acusações desmentidas pelo governador da província que afirma dialogar com todas as forças de oposição.

Ruas de Cabinda, província de Angola
Ruas de Cabinda, província de Angola RFI
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Em entrevista à RFI, Alexandre Kwang Nsita presidente da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos afirma que em Cabinda a situação política é desastrosa e aponta o dedo.

“A política em Cabinda é uma situação desastrosa porque o governo angolano não consegue estender a sua capacidade de diálogo. Eles tiveram um entendimento entre o MPLA e a UNITA, mas quanto a Cabinda o governo angolano nunca teve as mesmas intinções, capacidades políticas com os movimentos de libertação do enclave”.

No mês em que se assinala a paz em Angola, o activista apela ao governo o para a estender a paz a todo o território.

“O governo angolano deve estender a paz a Cabinda, mas isso deve primar pelo diálogo. Um diálogo com as diferentes frentes que lutam para a pacificação no território de Cabinda”.

01:05

Alexandre Kwang Nsita, presidente da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos de Cabinda

Diferente versão tem o governador Eugénio Laborinho que refuta quaisquer acusações de falta de diálogo. O dirigente diz estar aberto ao diálogo e alega disponibilidade para resolver os problemas da população.

“Eu dialogo com todos os partidos da oposição (…) até de movimentos de pressão aqui da província de cabinda. Eu não falo todos os dias com eles, mas sempre que me pedem audiência eu recebo-os para me inteirar dos problemas”.

00:53

Eugénio Laborinho, governador da província de Cabinda

O presidente da Frente de Libertação do Estado de Cabinda, Emmanuel Nzita Tiago, enviou em 2016 uma carta ao chefe de Estado onde apelava ao diálogo. Até hoje a FLEC não recebeu qualquer resposta da parte das autoridades angolanas.

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