COP24: Florestas cruciais para a captura de carbono
Esta sexta-feira foi o dia da Floresta na COP24, que decorre em Katowice, Polónia. No combate ao aquecimento global do planeta, as florestas são um aliado importante, para a mitigação do efeito de estufa.
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As florestas ao permitirem fixar elevadas quantidades de azoto e de carbono, contribuem para a captura e armazenamento de carbono.
Nesse sentido, o Acordo de Paris, assinado em Dezembro de 2015 na capital francesa, também prevê a protecção de sistemas naturais. Para os 195 países signatários do documento ficou claro a necessidade de assegurar os sistemas naturais que conseguem remover dióxido de carbono da atmosfera.
Em Fevereiro passado, a revista Science Advances, alertava para a desflorestação da Amazónia, no Brasil. Dizia o artigo que a floresta da Amazónia se aproxima do ponto de “não retorno”, com a desflorestação a alcançar os 17% da sua vegetação nos últimos 50 anos.
Os investigadores asseguram que se a desflorestação da Amazónia chegar ao limite de 20%, está dado o passo rumo ao abismo climático.
A edição deste ano da Cimeira do Clima fica marcada pela decisão do Brasil de não acolher a COP25 prevista para o próximo ano. Depois da decisão de Brasília, a comunidade internacional mostrou-se receosa que o sétimo maior emissor de gases com efeito de estufa siga o exemplo de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América, e abandone o Acordo de Paris.
Para a moçambicana Dipti Bhatnagar, coordenadora dos programas de justiça climática e energias da organização Amigos da Terra Internacional, e membro da organização moçambicana Justiça Ambiental, a não realização da COP25 no Brasil é uma boa notícia, porque acolher o evento daria poder a Jair Bolsonaro.
Dipti Bhatnagar da Amigos da Terra Internacional
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