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Angola

Angola: Ex-dirigente do SIC condenado a quatro anos de prisão

O antigo director do Serviço de Investigação Criminal (SIC) da província angolana da Huíla, Alberto Amadeu Gonçalves Suana, foi condenado a quatro anos de prisão por peculato. Os seus advogados vão recorrer da decisão.

Cidade do Lubango. Imagem de arquivo.
Cidade do Lubango. Imagem de arquivo. AFP PHOTO/GIANLUIGI GUERCIA GIANLUIGI GUERCIA
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Alberto Amadeu Gonçalves Suana, antigo director do Serviço de Investigação Criminal da província da Huíla, foi condenado, esta quinta-feira, a quatro anos de prisão por peculato.

O ex-director do SIC, cujo julgamento começou a 15 de Outubro e que estava detido desde 28 de Setembro, era acusado de estar envolvido no desvio de mais de 100 camiões cisternas de combustíveis que se destinavam às centrais térmicas do Lubango, de acordo com o jornal O País.

O juiz Marcelino Tyamba, do Tribunal Provincial da Huíla, indicou que Alberto Amadeu Gonçalves Suana teria orientado a venda de 35 mil litros de gasóleo à empresa GALIANGOL. O tribunal pronunciou uma pena de prisão efectiva de quatro anos e o pagamento de uma indemnização ao Estado avaliada em 4,725 milhões de kwanzas (13,6 mil euros).

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Marcelino Tyamba, Juiz do Tribunal Provincial da Huíla

De acordo com a agência Lusa, o combustível em causa foi o que se conseguiu provar no processo que investiga o desvio de 4,95 milhões de litros de gasóleo entre Novembro de 2016 a Janeiro de 2017, que causou ao Estado angolano um prejuízo avaliado em 552,825 milhões de kwanzas (1,58 milhões de euros).

Os advogados de defesa de Alberto Amadeu Gonçalves Suana mostraram-se insatisfeitos com a decisão tomada pelo tribunal e apresentaram um pedido de recurso ao Tribunal Supremo.

Em declarações aos jornalistas, Maria Paula Suana, esposa do ex-director do SIC da Huíla, disse que a sentença reflecte "conflitos internos".

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Maria Paula Suana, esposa do ex-director do SIC da Huíla

Na primeira fase do processo, o Tribunal Provincial da Huíla julgou e condenou, em Março, 29 arguidos a penas de prisão de dois a 12 anos, entre os quais o antigo director-adjunto do SIC na Huíla, Abel Wayaha.

No processo, quatro alegados cúmplices foram, também,  condenados a penas entre um ano de prisão correccional e igual tempo de prisão suspensa, na qualidade de autores morais e materiais pelo envolvimento na compra ilícita de 89 mil litros de gasóleo, e ao pagamento de uma indemnização ao Estado.

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