Cabinda: greve na administração pública e saúde
Em Cabinda decorre entre hoje, 13/6/2018, e dia 15 uma greve dos funcionários da administração pública e da saúde. E isto não obstante as negociações terem começado no passado dia 11. Em causa está a retirada da folha de salários de 1 775 funcionários públicos desde o mês de Abril.
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De acordo com Manuel Guilherme Tati Macaia, secretário-geral da União dos sindicatos de Cabinda, a paralisação começou às 8 horas desta quarta-feira.
Segundo ele tratam-se de 64 000 funcionários públicos em Angola que estariam nesta situação ao terem sido retirados da folha salarial desde Abril.
Uma segunda fase de greve está agendada para o final do mês.
O sindicato não exclui uma terceira fase caso não haja entendimento com o executivo local.
Os serviços mínimos, como estipulado pela lei, estão garantidos a nível de "bancos de urgência, hemoterapia, maternidade, cemitérios".
A greve foi declarada dia 6, o diálogo começou no dia 11 e prosseguiu nesta terça-feira.
Segundo Manuel Macai o executivo local de Cabinda emitiu um comunicado alegando não haver vontade negocial por parte dos grevistas o que ele descarta.
"Sempre estivemos abertos, sempre estivemos receptivos ao diálogo porque somos os principais interessados na resolução deste problema", afirmou o responsável sindical.
Ouça aqui o seu relato deste primeiro dia de greve em Cabinda por parte dos funcionários públicos e da saúde.
Manuel Guilherme Tati Macaia, secretário-geral da União dos Sindicatos de Cabinda
Esta greve coincide com fortes reivindicações sociais em Angola, caso dos professores do Huambo e dos enfermeiros de Luanda ou ainda a recente paralisação na capital dos oficiais de justiça.
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