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Angola-França

Presidente de Angola viaja para França

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, viajou esta manhã rumo a Paris, a convite do seu homologo francês Emmanuel Macron, para uma visita oficial de 3 dias cujo objectivo é reforçar a cooperação bilateral, esta sendo a sua primeira visita oficial num país europeu desde que assumiu a presidência do seu país.

João Lourenço, Presidente de Angola
João Lourenço, Presidente de Angola JOOST DE RAEYMAEKER/LUSA
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De acordo com a agenda oficial, no âmbito da visita do Presidente Angolano a França, está prevista a assinatura de vários acordos de cooperação, designadamente nos sectores da defesa, agricultura e formação de quadros, a tónica sendo também convencer empresários franceses a participar na diversificação económica que Angola tenciona implementar. Nesta visita, João Lourenço pretende igualmente abordar com o seu homólogo francês o possível estabelecimento de relações estratégicas entre os dois países que já colaboram de forma estreita no domínio do petróleo.

Esta visita de João Lourenço a França não deixa igualmente de revestir um cariz simbólico, dadas as relações por vezes conturbadas que os dois países mantiveram nestes últimos anos ensombrados pelo mediático processo do "Angolagate", o caso de tráfico ilícito de armas para Angola em que os nomes de figuras políticas de ambos os países foram citados. Mais pormenores com Avelino Miguel.

01:17

Avelino Miguel, correspondente da RFI em Angola

Esta visita que suscita muitas expectativas em Luanda não deixa igualmente de ser observada atentamente em Kinshasa. Soube-se ontem que os representantes de França, Angola e Ruanda no Congo Democrático foram convocados pelo chefe da diplomacia congolesa para um pedido de explicações na sequência de declarações do Presidente francês que afirmou acerca da RDC "apoiar a iniciativa do chefe de Estado ruandês actualmente presidente da União Africana em ligação estreita com o Presidente angolano" na passada Quarta-feira, dia em que se avistou longamente em Paris com o seu homólogo ruandês.

Kinshasa diz desconhecer de que iniciativa se trata, fontes diplomáticas congolesas não escondendo um certo nervosismo perante as visitas consecutivas a Paris na semana passada do Presidente do Ruanda e a partir desta Segunda-feira do Presidente de Angola, numa altura em que faltam apenas seis meses para as presidenciais na RDC. A organização deste escrutínio tem estado envolta em incertezas, com a oposição a acusar o presidente Kabila de querer utilizar estratagemas no intuito de permanecer no poder, um clima que tem colocado os países da região de sobreaviso.

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