UNITA: estratégia do MPLA para as autarquias "subversiva e fraudulenta"
Isaías Samakuva, líder da UNITA afirmou hoje que a estratégia do partido Estado MPLA para as primeiras eleições autárquicas faseadas a partir de 2020 é "subversiva e fraudulenta".
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A 22 de Março durante a sua primeira reunião do Conselho da República de Angola, o Presidente João Lourenço afirmou que devido à extensão territorial do país, era necessário tempo para a preparação das primeiras eleições autárquicas em Angola e propôs o ano de 2020.
Isaías Samakuva, líder da UNITA
Adalberto costa Júnior, porta-voz da UNITA considerou ontem que o Conselho da República quando em Março apreciou o "gradualismo" sobre a implementação das autarquias, expressão que aliás consta na Constituição, se referia ao "gradualismo na transferência de competências do poder central para o poder autónomo, nunca a um gradualismo georgráfico", uma pretensão "deturpada e intencional, que está a ser vendida pelo Executivo".
Tendo acrescentado que "criar autarquias em menos de um terço dos mais de 170 municípios de Angola é a confissão de que não há benefícios de serviços básicos para a maioria das populações".
Esta terça-feira (17/04) no final do seminário metodológico sobre autarquias promovido pela UNITA o seu líder Isaías Samakuva reiterou estes propósitos afirmando entre outros que "...pressionados por todos, admitem implementar as autarquias em 2020, mas não querem fazê-lo em todos os municípios ao mesmo tempo...a estratégia do partido Estado consiste em reforçar primeiro os poderes do MPLA em todos os municípios através da administração do Estado e só depois proceder à descentralização político-administrativa em alguns desses, esta estratégia é subversiva e fraudulenta".
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