5 detidos acusados de tentativa homicídio de Bornito de Sousa negam tudo
Cinco cidadãos angolanos estão detidos desde sábado, por acusação de tentativa de homicídio do vice-Presidente angolano Bornito de Sousa o que eles negam em absoluto.
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A acusação e respectiva queixa por "tentativa de homicídio" foi apresentada não pelo vice-Presidente de Angola mas pela polícia nacional e por agentes do Serviços de Informação do Estado em serviço no condomínio Jardim de Rosas em Luanda, onde reside entre muitos outros o vice-Presidente de Angola, Bornito de Sousa.
Sebastião Assurreira, advogado de defesa
Um dos arguidos foi contactado para efectuar obras numa das residências do dito condomínio e possuindo uma viatura, transportou alguns colegas para o ajudarem no trabalho, esta viatura foi revistada à entrada do condomínio e nada de comprometedor foi encontrado, pelo que foram autorizados a penetrar no local.
O grupo que desconhecia o condomínio "perdeu-se" e - sem o saber - estacionou frente à residência de Bornito de Sousa, onde não existia nenhuma placa de sentido proíbido, o que não impediu a sua detenção imediata. Posteriormente uma outra patrulha afirmou ter encontrado no carro uma catana e uma arma de fogo.
Sebastião Assurreira, advogado de defesa dos cinco arguidos afirma que estes por "temerem pelas suas vidas, foram obrigados a assinar declarações confessando estar em posse de uma catana e de uma arma de tipo AKM", tal como o afirmaram ontem (6/02) ao procurador.
Sebastião Assurreira considera que é cedo para avaliar como este caso vai evoluir, mas admite que em Angola "procuradores e juízes têm pouca coragem para poder absolver ou libertar arguidos...quando a situação é relacionada com uma das individualidades máximas do país".
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