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Angola

Angola: "caso dos 37" tentativa de esfaqueamento na prisão

Reclusos na cadeia Comarca de Viana, acusados de tentativa de atentado contra o Presidente José Eduardo dos Santos, denunciam tentativa de esfaqueamento, serviços penitenciários desmentem.

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O caso conhecido como dos "37 ex-militares das FALA - braço militar da UNITA" presos a 30 de Janeiro de 2016 e acusados de alegada tentativa frustrada de atentado contra o Presidente, posse de armas e associação de malfeitores, começou a ser julgado a 2 de Dezembro de 2016 e a sentença será pronunciada dia 15 de Março.

A UNITA classificou este processo de "cabala", afirmando que foi o próprio partido que denunciou há mais de um ano o recrutamento que estava a ser feito de antigos militares das FALA.

O Ministério Público pediu em Fevereiro penas entre seis e oito anos e meio de prisão para 30 dos arguidos, a absolvição para  4 dentre eles por insuficiência de provas, enquanto um foi considerado mentalmente insane e dois outros estão a ser julgados à revelia.  

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Sebastião Assurreira, advogado de defesa

A defesa refuta estas acusações e afirma que os arguidos apenas pretendiam fazer uma manifestação pacífica para reclamar a sua inserção na Caixa Social das Forças Armadas Angolanas.

Sebastião Assurreira, um dos dois advogados que defendem os arguidos - com Salvador Freire - visitou esta quinta-feira (9/03) alguns deles na cadeia Comarca de Viana depois de denúncias de tentativa de esfaqueamento do réu Paulo Lukamba .

O advogado afirma que não é a primeira vez que tal aocntece e que as agressões são "uma acção coordenada, porque têm feito provocações para ver se eles entram em rixas...segundo os mesmos [os autores] são alguns reclusos que são chefes de caserna e outros que foram introduzidos para criar esta confusão entre eles, com o objectivo de esfaqueá-los ou vê-los mortos".

Na próxima segunda-feira (13/03) os advogados de defesa pretendem encontrar-se com as autoridades prisionais, que esta sexta-feira desmentiram que elementos desconhecidos tenham sido infiltrados na cadeia Comarca de Viana, e que os reclusos visados neste caso "agradecem a forma como estão a ser tratados" afirmou à Agência Lusa o porta-voz dos serviços penitenciários Menezes Cassoma.

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