O Presidente angolanoJosé Eduardo dos Santos anunciou hoje na abertura da reunião do Comité Central do MPLA, que a partir de 2018 (ao cabo de 39 anos no poder) "abandonaria a vida política activa".Sabendo-se que Angola tem eleições gerais agendadas para Agosto de 2017 "ficamos sem saber se ele vai ou não concorrer às eleições de 2017... e a meio ou no final de 2018 deixar a presidência" considera ogeneral José Silva Mateus presidente da Fundação 27 de Maio e da União das Tendências no MPLA, partido do qual é militante e candidato à presidência no Congresso previsto para Agosto deste ano.O general Silva Mateus considera que este anúncio é apenas uma "táctica para medir a temperatura no seio do MPLA, uma vez que temos o congresso em Agosto e não vemos qualquer vislumbre de mudança no seio do partido... Manuel Vicente (vice-presidente do MPLA) nunca reuniu consenso".Para Silva Mates "os militares na reforma e mesmo no activo...se ainda não saímos à rua [é porque] há informações segundo as quais qualquer manifestação que abarque mais de 200 ou 300 pessoas... os serviços de segurança do estado introduziriam 3 ou 4 elementos... para atirarem contra a polícia e [esta] fazer um banho de sangue... e José Eduardo dos Santos decretar o estado de emergência, para não haver eleições em 2017".O general descarta a possibilidade do reacender da guerra civil e afirma que JES "é apenas o garante da estabilidade militar... porque todo e qualquer elemento que tentar sublevar-se é morto, é preso e desaparece... nesse aspecto ele nos ganha, mas sobre o resto não consegue mais nada... é possível que haja um golpe dentro do próprio MPLA para retirar o José Eduardo e ver se se encontra uma alternativa credível".
