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ANGOLA

Potencial surto de febre amarela em Luanda

Ministério da Saúde confirma sete óbitos e 23 casos atribuidos potencialmente a um surto de febre amarela, diagnosticado em Viana, arredores de Luanda, onde a primeira morte registada a 5 de Dezembro atingiu um cidadão eritreu.

Aedes aegypti: mosquito vector da febre amarela, dengue, chikungunya, malária, zika, etc
Aedes aegypti: mosquito vector da febre amarela, dengue, chikungunya, malária, zika, etc ©Creative Commons
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A Província de Luanda tem actualmente mais de 6,5 milhões de habitantes e grande parte deles vivem em bairros sem quaisquer coindições de higiene e sem saneamento básico, com montanhas de lixo acumuladas há meses nas ruas e invadindo as próprias casas.

03:20

Hernando Agudela, resposável OMS Angola

O vector da febre amarela é o mosquito aedes aegypti, que provoca igualmente a dengue, febre chikungunya, malária ou ainda a recente e epidemia provocada pelo vírus zika, que assola o Brasil e a Colômbia, com casos registados também na Guiana Francesa, na Martinica e também em Cabo Verde.

O vírus zika desenvolve-se essencialmente em grávidas e afecta directamente os bébés em formação, provocando microcefalia, o que causa problemas na coordenação motora e na fala.

Uma vacina contra o vírus zika está já a ser administrada nalguns países, com destaque para o Brasil.

As autoridades sanitárias descartam a hipótese surtos de zika, ébola ou febre marburg neste momento em Angola.

Hernando Agudela, responsável da OMS em Angola confirma que "há potencialmente um surto de febre amarela, mas admlite que "o diagnóstico confirmado na África do Sul, tem ainda que ser validado pelo laboratório de referência sobre febre amarela em África, situado em Dakar, no Senegal, para onde já foram enviadas amostras, mas o país está já a dar resposta a uma epidemia de febre amarela".

Antes do anúncio oficial ontem (21/01) pelo ministro angolano da saúde José Van Dunen, de que resultados preliminares apontam para um surto de febre amarela na Província de Luanda, o Ministério da Saúde tinha lançado um alerta para a existência de uma "síndrome febril ictérica" que está a tomar "proporções alarmantes" em Luanda devido às chuvas.

Segundo Hernando Agudela esta síndrome deveria ser brevemente confirmada como febre amarela.

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