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Argentina/Justiça

Mandado de prisão contra Kirchner foi achado na casa de promotor morto

Um pedido de mandado de prisão contra a presidente Cristina Kirchner foi encontrado no apartamento do promotor Alberto Nisman, morto no mês passado em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. A confirmação foi feita na terça-feira (3) pela juíza encarregada de investigar a morte de Nisman.

Mandado de prisão contra Kirchner foi encontrado na casa do procurador Alberto Nisman, morto em janeiro na Argentina.
Mandado de prisão contra Kirchner foi encontrado na casa do procurador Alberto Nisman, morto em janeiro na Argentina. EUTERS/Enrique Marcarian/Files
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O projeto de mandato de prisão contra a presidente argentina por entrave à justiça foi revelado pelo jornal New York Times. Alberto Nisman acusava Cristina Kirchner de tentar encobrir iranianos responsáveis pelo atentado contra uma associação judaica em Buenos Aires, em 1994, que matou 85 pessoas.

No entanto, em sua acusação final sobre o atentado o promotor não incluiu o pedido de prisão. O texto de 26 páginas, com data de 14 de junho de 2014, foi encontrado na lixeira do apartamento de Nisman pelos policiais que investigam sua morte.

A juíza Viviana Fein, encarregada do caso, chegou a negar na segunda-feira (2) a existência do mandado de prisão, mas ontem (3) confirmou que o documento foi encontrado e anexado ao dossiê sobre a morte do promotor.

Morte suspeita

Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento, no dia 18 de janeiro de 2015, com um tiro na cabeça. Um revólver foi encontrado a seu lado, mas a autópsia não revelou a presença de pólvora em suas mãos, fato que descartaria a tese de suicídio.

O promotor, que levou 10 anos investigando o atentado contra a associação judaica de Buenos Aires, morreu quatro dias após ter depositado seu relatório final na Justiça e na véspera de ser ouvido pelo Congresso sobre suas acusações contra Kirchner.

Segundo Nisman, o regime de Teerã foi o mandante do atentado e a presidente estaria tentando encobrir isso para relançar as relações diplomáticas e comerciais entre Argentina e Irã. Uma pesquisa de opinião aponta que 70% dos argentinos acreditam que a morte do promotor nunca será elucidada.

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