Chavismo pode não resistir à morte de Chávez
A Venezuela não tem um líder carismático como Hugo Chávez e o “chavismo”, regime político implantado pelo presidente morto na terça-feira 5 de março de 2013, pode acabar ou se transformar. Essa é a opinião do cronista da RFI e professor de política internacional, Alfredo Valladão.
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Para Alfredo Valladão, nenhum dos herdeiros políticos de Chávez tem o carisma do presidente. Mas ainda é cedo para conhecer a ambição e as estratégias dos grandes líderes chavistas, como o vice-presidente Nicolas Maduro ou o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
Além de estar baseado na figura carismática de Chávez, o “chavismo” também é caracterizado por uma política assistencialista maciça com o dinheiro do petróleo, lembra Valladão. Metade da população venezuelana, que foi beneficiada por essa política, quer que o regime continue. A oposição se mostra ainda dividida e se os chavistas conseguirem manter um mínimo de unidade, eles podem vencer as eleições previstas para daqui a um mês, acredita o cronista.
No entanto, a incerteza é grande. “É muito difícil um regime político baseado numa única pessoa carismática continuar da mesma maneira após a morte do líder”, conclui. Clique abaixo para ouvir a entrevista integral do cronista de política internacional, Alfredo Valladão:
O professor do Instituto de Estudos Politicos de Paris, Alfredo Valladão
Hugo Chávez, de 58 anos, morreu na terça-feira após quase dois anos de luta contra um câncer. O vice-presidente Nicolas Maduro assumiu o comando do país e novas eleições presidenciais devem ser organizadas em 30 dias.
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