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Sudão

Sudão: Militares e oposição chegam ao consenso

Após dois dias de conversações em Cartum sob a égide da mediação da União Africana e da Etiópia, o Conselho Militar de Transição e os representantes da oposição conseguiram chegar a um consenso sobre a partilha do poder, através de uma estrutura mista que durante os próximos três anos vai assegurar a transição e levar o país rumo a eleições.

Os representantes do Conselho Militar de Transição no seu encontro com os líderes da contestação numa unidade hoteleira de Cartum, neste 3 de Julho de 2019.
Os representantes do Conselho Militar de Transição no seu encontro com os líderes da contestação numa unidade hoteleira de Cartum, neste 3 de Julho de 2019. ASHRAF SHAZLY / AFP
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Segundo um comunicado da Associação dos Profissionais Sudaneses, um dos principais actores da contestação, a versão final do acordo deveria estar pronta a ser assinada na Segunda-feira. Nos termos deste protocolo, indica por sua vez a coligação civil da Aliança para a Liberdade e a Mudança, a estrutura mista chamada de "Conselho Soberano" vai dirigir o país nos próximos 3 anos, até à organização de eleições.

Ainda segundo a oposição, este Conselho Soberano será formado por 11 membros, sendo que 5 serão oriundos do Conselho Militar de Transição, 5 outros da Aliança para a Liberdade e a Mudança e o último membro será uma figura escolhida por ambas as partes. Para além de prever que a presidência dessa estrutura seja assegurada pelos militares durante os primeiros 21 meses, os civis devendo assegurar os restantes 18, o acordo estipula também a formação de um governo de técnicos e um inquérito independente sobre as violências ocorridas nas últimas semanas. Mais pormenores aqui.

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Militares e oposição chegam ao consenso

Antes das explosões de alegria de hoje em Cartum, uma manifestação de contestação foi severamente reprimida pelos militares no passado fim-de-semana, com um balanço de pelo menos 10 mortos, sendo que há exactamente um mês, oposição e militares tinham voltado as costas à negociação depois da morte de uma centena de manifestantes que se tinham concentrado junto do quartel geral das Forças Armadas para reclamar a restituição do poder aos civis, depois da queda de Omar el Bechir em Abril.

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