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Mauritânia

Mauritânia: Oposição contesta vitória de Ghazouani

Na Mauritânia, o candidato do poder, Mohamed Cheikh El-Ghazouani, venceu as eleições presidenciais de sábado, na primeira volta, com 52% dos votos. A oposição contesta os resultados.

Festejos nas ruas de Nouakchott após o anúncio do vencedor. 23 de Junho de 2019.
Festejos nas ruas de Nouakchott após o anúncio do vencedor. 23 de Junho de 2019. Sia KAMBOU / AFP
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Na noite de sábado para domingo, horas depois do escrutínio e quando estavam contados 80% dos votos, o candidato apoiado pelo partido no poder, Mohamed Cheikh El-Ghazouani, declarou-se vencedor perante uma multidão de apoiantes e ao lado do antigo presidente Mohamed Ould Abdel Aziz, há 11 anos no poder e constitucionalmente impedido de se recandidatar. A oposição classificou o anúncio de “novo golpe de Estado” da parte dos dois antigos generais.

A Comissão Nacional Eleitoral Independente confirmou, mais tarde, a vitória do ex-ministro da Defesa, Ghazouani, com 52,02% dos votos, seguido do militante Biram Ould Dah Ould Abeid (18,58%), do ex-primeiro-ministro Sidi Mohamed Ould Boubacar (17,87%), do jornalista Baba Hamidou Kane (8,71%) e do professor universitário Mohamed Ould Moloud (2,44%).

Estes quatro candidatos da oposição avisaram que vão recorrer dos resultados e apelaram para que as pessoas saiam às ruas em manifestações pacíficas.

O presidente eleito tem como principais desafios preservar a estabilidade política, garantir o desenvolvimento económico e melhorar o respeito pelos direitos humanos. 

Ao lado do ex-presidente e enquanto chefe de Estado-maior do exército, Ghazouani reorganizou as forças de segurança face aos jihadistas que atacavam o país desde 2005 e fê-los recuar para o Mali, não tendo havido atentados na Mauritânia desde 2011. No entanto, no campo dos direitos humanos, as críticas são muitas num país marcado pelas discriminações comunitárias.

Em termos económicos, de acordo com o Banco Mundial, o crescimento no país foi de 3,6% em 2018 e as projecções são de um crescimento médio de 6,2% entre 2019 e 2021, apesar das dificuldades de acesso ao crédito e da corrupção.

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