Portugal entre os melhores no desempenho climático
Portugal sobe um lugar e está no grupo dos países com melhor desempenho climático. O Índice de Desempenho das Alterações Climáticas foi apresentado esta manhã na COP24 a decorrer em Katowice, Polónia. A Suécia lidera a tabela e a Arábia Saudita é a pior classificada.
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Foi publicado hoje na COP 24 o Índice de Desempenho das Alterações Climáticas.
A Suécia lidera a tabela, seguida por Marrocos e a Lituânia. Estão entre os piores classificados o Irão, os Estados Unidos e a Arábia Saudita.França aparece no grupo de desempenho médio e Portugal sobe um lugar e integra os países com melhor desempenho climático.
O Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (Climate Change Performance Index (CCPI)) avalia e compara o desempenho e a política climática de 56 países e da União Europeia, que são responsáveis por mais de 90% das emissões globais de gases de efeito estufa. É da responsabilidade da organização não-governamental de ambiente Germanwatch, da Rede Internacional de Ação Climática, de que a portuguesa ZERO faz parte, e, ainda, do NewClimate Institute.
O índice deste ano é liderado uma vez mais pela Suécia (4º), seguida pela Marrocos (5º) e a Lituânia (6º). A Austrália (55º), a República da Coreia (57º), a República Islâmica do Irão (58º), os Estados Unidos (59º) e a Arábia Saudita (60º), estão entre os piores classificados.
Os três primeiros lugares da classificação ficaram vazios por considerarem não haver, por agora, nenhum país merecedor do pódio no que respeita à protecção do clima.
Francisco Ferreira, da organização ambientalista portuguesa Zero, explicou à RFI o índice: “Portugal sobe um lugar, é agora o último país que tem um desempenho elevado. Na prática está em 14° lugar.
Este índice olha para um conjunto de países que representam 90% das emissões à escala global, tem um peso muito grande no que respeita à componente energética, mas também em relação às florestas e acção política. Portugal, por um lado, é um país que está na linha da frente tem um roteiro para a neutralidade carbónica para 2050 e, a esse nível, há realmente uma trajectória que se está a delinear para no futuro termos 100% de electricidade de fontes renováveis e 100% de energia proveniente de fontes renováveis.
Sectores complicados como os transportes são no entanto os elos mais fracos a par da eficiência energética que levam este índice a não ser tão bom quanto seria desejável para o país. Ainda temos um desempenho relativamente pobre no peso, por exemplo, que a gasolina e gasóleo têm no transporte rodoviário”.
Francisco Ferreira, presidente da Zero
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