Inquérito sobre assassínio de 2 peritos da ONU na RDC
5 jornais e meios de comunicação social, entre os quais, a RFI, divulgaram hoje a primeira parte de um inquérito sobre o assassínio, em março de 2017, de 2 peritos da ONU, na República democrática do Congo, dividida entre defensores de um compromisso com Kinshasa e adeptos de um inquérito independente.
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A nossa rádio, RFI, Le Monde, Suddeutsche Zeitung, Foreign Policy e a televisão sueca SVT divulgaram hoje o 1° de 4 artigos de um inquérito das Nações Unidas sobre o assassínio de 2 peritos da organização mundial, em março de 2017, na República democrática do Congo.
O inquérito apoia-se em "milhares de páginas de documentos confidenciais das Nações Unidas e destaca o "papel preocupante" atribuído a "agentes do Estado" congolês, no assassínio de 2 peritos da organização a 12 de março de 2017, no Kasai, no centro da RDC.
Segundo Kinshasa, os dois especialistas, a sueca de origem chilena, Zaida Catalan e o americano, Michael Sharp, foram assassinados na aldeia de Bunkonde, por milícias "terroristas" Kamuina Nsapu, em rebelião contra as autoridades, entre setembro de 2016 e meados de 2017.
Os 2 peritos estavam a fazer um inquérito conhecido por "Congo files" sobre a violência na província do Kasai. O inquérito refere-se a investigações profundas e semeadas de obstáculos, levadas a cabo pela Missão da ONU, Monusco, a mais importante e dispendiosa no mundo e uma das mais antigas.
"Os polícias da UNPOL, polícia da ONU, navegam numa nebulosa de informadores suspeitos de manipulações e jogo duplo", lê-se nos documentos confidenciais a que tiveram acesso, os 5 mídias internacionais.
"A organização internacional encontra-se partilhada entre defensores de um compromisso político com Kinshasa em detrimento da verdade e os adeptos de um inquérito independente", escrevem os 5 meios de comunicação, como a RFI ou LE MONDE.
Os 5 jornais, rádio e televisão, citam por exemplo o caso de um congolês, Jean-Bosco Mukanda, "que detalha o assassínio dos 2 peritos aos primeiros investigadores das Nações Unidas.
"Muito cedo os autores do inquérito percebem que o seu informador tinha relações estreitas com os oficiais locais das Forças armadas congolesas, lê-se no site da RFI, que publicará até sábado os outros 3 artigos da série de 4.
A primeiro de maio a polícia da ONU interroga-se numa nota confidencial se "Jean-Bosco Mukanda, não é a mesma pessoa que filma e fala no vídeo do assassínio dos 2 peritos da ONU.
O porta-voz do governo da RDC, Lambert Mende, "apela as Nações Unidas a transmitir todas as suas informações, inclusivamente, aquelas relativas a agentes do Estado e à justiça militar congolesa.
Ele desmente qualquer "entrave", pode ainda ler-se no site da RFI em francês.
Inquérito sobre assassínio de 2 peritos da ONU na RDC
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