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Sudão do Sul

Sudão do Sul: período crucial para a paz

O Sudão do Sul vive, desde quarta-feira à noite, um período de pré-transição que deverá durar oito meses e que precede uma transição de três anos, seguida de eleições.

O presidente sul sudanês Salva Kiir e o seu antigo vice-presidente Riek Machar, 12/09/2018.
O presidente sul sudanês Salva Kiir e o seu antigo vice-presidente Riek Machar, 12/09/2018. YONAS TADESSE / AFP
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Um trabalho colossal é o que espera os signatários do novo acordo de paz. A principal questão que agora se levante é saber se as partes estão de boa-fé e se o calendário vai ser respeitado.

Para já o texto prevê a libertação imediata de prisioneiros de guerra, com o apoio do Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Dentro de três dias as partes devem adoptar as medidas necessárias para a entrada em vigor de um cessar-fogo e desmobilizar as tropas. Dentro de duas semanas será organizado um encontro onde as partes devem revelar o estado e as posições dos seus homens.

Durante estes oito meses de pré-transição, o país terá de preparar novas leis, criar organismos para implementar o acordo e nomear representantes em cada um deles.

As instituições sensíveis prometem debates acalorados, como a International Boundaries Commission, que terá de determinar o número e os limites dos futuros Estados Federais. Uma questão crucial para a divisão do território entre os grupos étnicos.

 

Regresso de Riek Machar dentro de oito meses

Terminados os oito meses de pré-transição, o líder rebelde Riek Machar poderá regressar ao Sudão do Sul. Depois, o presidente sul sudanês Salva Kiir e o seu antigo vice-presidente Riek Machar, antigos inimigos, deverão partilhar o poder governamental, Assembleia e instituições renovadas por três anos.

Tudo isto promete tensões e um custo muito elevado. Dentro de três semanas deve ser criado um fundo para financiar os primeiros oito meses do acordo. Agora resta esperar para ver se os parceiros internacionais abrem os cordões à bolsa para um acordo que alguns consideram irrealista.

No final dos três anos de transição, o Sudão do Sul deverá realizar eleições.

 

A revitalização do acordo de paz de 2015

O presidente sul sudanês Salva Kiir e o seu antigo vice-presidente Riek Machar assinaram, esta quarta-feira, o acordo de revitalização do precedente acordo de paz assinado em 2015, mas que apenas vigorou uns meses. Desde essa altura que o conflito civil já fez dezenas de milhares de mortos.

A assinatura do documento foi realizada em Addis Abeba, na Etiópia, no âmbito de uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização sub-regional IGAD (Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento).

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