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República Democrática do Congo

Jean-Pierre Bemba fala em “paródia de eleição” na RDC

Uma "paródia de eleição" e instituições ao serviço do poder. Foi assim que o ex-chefe rebelde Jean-Pierre Bemba classificou as eleições presidenciais de Dezembro na República Democrática do Congo, depois de o Tribunal Constitucional ter confirmado a sua exclusão da corrida à presidência.

Jean-Pierre Bemba, candidato excluído da corrida à presididência na RDC.
Jean-Pierre Bemba, candidato excluído da corrida à presididência na RDC. JOHN THYS / AFP
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Apoiado pela oposição e sério candidato à sucessão do presidente Joseph Kabila, Jean-Pierre Bemba considerou "preocupante" o "facto de se escolherem os opositores".

 “Até o Tribunal Constitucional está às ordens do poder. Estamos perante o que vai constituir, nos próximos meses, uma escolha dos opositores ao candidato do poder, o que vai mostrar uma paródia de eleição, se realmente houver eleição”, afirmou Jean-Pierre Bemba em entrevista ao canal France 24.

Não podendo recandidatar-se à renovação de um mandato que terminou no ano passado, o actual presidente Joseph Kabila designou como "delfim" o ex-ministro do Interior, Ramazani Shadary. Dos 25 candidatos que se apresentaram, seis foram invalidados da corrida à eleição presidencial, prevista para 23 de Dezembro, incluindo outro peso pesado da oposição Moïse Katumbi.

Jean Pierre Bemba regressou de forma triunfal a Kinshasa em Agosto, depois de ter sido absolvido pelo TPI de 18 crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante o conflito ocorrido entre 2002 e 2003 na República Central Africana.

No entanto, o antigo vice-presidente tinha sido condenado por “suborno de testemunhas” pelo Tribunal Penal Internacional, o que invalidou a candidatura no entender da Comissão Eleitoral Nacional Independente e do Tribunal Constitucional.

O ex-chefe de guerra foi derrotado nas eleições presidenciais de 2006 por Joseph Kabila e teve de abandonar a capital sob escolta das Nações Unidas em 2007, devido aos combates entre os seus apoiantes e o exército que provocaram entre 200 a 300 mortos.

 

 

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