Etiópia e Eritreia: a Paz
O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, anunciou que a Etiópia e a Eritreia reataram as relações, isto após um encontro com o presidente eritreu, Isaias Afwerki, que decorreu no domingo 8 de Julho em Asmara, a capital da Eritreia.
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Este anúncio põe fim a quase 20 anos de luta por um território disputado pelas duas Nações, que vão agora normalizar as relações no que diz respeito ao tráfego aéreo e marítimo, bem como à circulação de pessoas entre os dois países, sem contar com a reabertura das embaixadas.
A Etiópia do primeiro-ministro Abiy Ahmed decidiu ceder à Eritreia um território fronteiriço disputado, e que ainda ocupa, isto quando uma sentença de uma comissão independente internacional de 2002 apoiada pela ONU já tinha indicado que esse território seria Eritreu.
Recorde-se que o conflito é muito mais antigo. A Etiópia e a Eritreia foram colónias italianas. O problema é que depois da Segunda Guerra, a Assembleia Geral da ONU decidiu que os dois territórios formariam um só país. Os eritreus decidiram lutar pela independência que adquiriram em 1991. Conflitos que levaram à morte cerca de 80 mil pessoas, devido a disputas em torno dos territórios fronteiriços. Um acordo de paz foi assinado em 2000 em Argel, mas a Etiópia nunca entregou a área em disputa.
O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, decidiu no entanto mudar a posição do seu país e respeitar os acordos com a retirada das tropas etíopes dessa região que inclui a cidade de Badme.
De notar que os últimos confrontos aconteceram há cerca de dois anos.
Ouça a Crónica sobre a Etiópia e a Eritreia.
Crónica de Marco Martins
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