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Cultura/Portugal

Sons africanos em Rock in Rio 2018

A edição 2018 do festival Rock in Rio foi marcada por uma programação consagrada à África lusofona com artistas com Bonga, Ferro e Gaita, abanka Djazz, Paulo Flores, Nástio-Mosquito e A'mosi Just a Label (ex-Jack Nkanga).

Uma multidão durante o concerto, no Rock in Rio, da banda de rock portuguesa Xutos & Pontapés  Parque Bela Vista em Lisboa. 29 de Junho de 2018.
Uma multidão durante o concerto, no Rock in Rio, da banda de rock portuguesa Xutos & Pontapés Parque Bela Vista em Lisboa. 29 de Junho de 2018. L.Silva/RFI
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Depois de Bonga, Tabanka Djazz e Ferro Gaita nos dias 23 e 24 de Junho, a segunda parte do cartaz consagrado aos artistas africanos da edição 2018 do festival Rock decorre nesta sexta-feira e no sábado com os angolanos A'mosi Just a Label (ex-Jack Nkanga), Nastio-Mosquito, assim como a moçambicana Selma Uamusse.

A África lusofóna com a sua diversidade estética, sonora e estilística é a novidade de Rock in Rio 2018. Nástio-Mosquito, na sua qualidade de artista pluridisciplinar (ele é igualmente artista plástico) encarna uma música africana minimalista no plano instrumental, mas repleta de referências culturais, na qual a matriz da África exprime-se como uma exigência natural. Nástio-Mosquito não esconde a sua predilecção pela rítmica em 6/8, um dos pilares da música africana.

A'mosi Just a Label que pertence a uma geração mais jovem baseia-se nas raízes da cultura Konono existente tanto no norte de Angola como na vizinha Republica Democrática do Congo. A sua musica é um blues africano sofisticado,que reivindica o naturalismo como filosofia e expande-se sónica e ritmicamente entre o funk e o jazz.

O seu primeiro álbum Konono estará proximamente à disposição do público e a nova encarnação artística de Jack Nkanga devera ser escutada vertical e horizontalmente, com a máxima atenção porque A'mosi Just a Label é sem duvida o artísta do futuro. As suas semelhanças sónicas com o nigeriano Keziah Jones, não são senão uma pura coincidência.

O dia 29 de Junho em que uma chuva persistente veio incomodar levianamente a festa, foi também marcada pela actuação dos britânicos dos James com o seu heavy-pop rock hilariante e hinesco, assim como por uma homenagem da banda Chutos & Pontapés ao seu antigo companheiro e fundador do grupo, Zé Pedro. O guitarrista que em 1978 estivera na origem da formação dos Xutos & Pontapés em Almada(suburbios de Lisboa), faleceu a 30 de Novembro de 2017 com 61 anos.

Assistiram à homenagem nomeadamente o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que no final do concerto foi ao palco para saudar os quatro sobreviventes da banda,Tim ( voz e baixo) João Cabeleira (guitarra/coros ), Kalu (bateria/coros) e Gui (saxofone/ coros).

Neste sábado dia 30, data do encerramento do Rock in Rio 2018 , estão no cartaz o angolano Paulo Flores, a moçambicana Selma Uamusse e a brasileira Ivete Sangalo, que actuara antes do encontro Portugal-Uruguai a contar para os oitavos-de-final do Mundial de Futebol 2018.

Devido ao jogo entre os portugueses e os uruguaios, os horários de alguns concertos são modificados, de forma a permitir que os festivaleiros de Rock in Rio possam ver o encontro através de grandes telas, instaladas nos principais palcos do evento.

 

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