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União Africana

UA: Reforma e espionagem

Terminou esta segunda-feira a 30ª Cimeira de Chefes de Estado da União Africana, que decorreu em Addis Abeba. No ano dedicado à luta contra corrupção falou-se mais da reforma da organização que continua a dividir os países. O impasse que vai tentar ser resolvido na próxima cimeira que está marcada para o mês de Julho, em Nouakchot, na Mauritânia.

Sala da União Africana em Addis Abeba, Etiópia
Sala da União Africana em Addis Abeba, Etiópia SIMON MAINA / AFP
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Alguns países, nomeadamente a África do Sul e o Egipto, levantaram algumas questões relativamente ao autofinanciamento da organização que visa a aplicação de uma taxa de 0,2% sobre as importações elegíveis.

Mais consenso mereceu a criação do mercado único aéreo. Vinte e três países deram luz verde para o lançamento da iniciativa que visa, entre outros, melhorar a competitividade das companhias aéreas do continente africano.

"Todas as decisões foram adoptadas"

No breve discurso de encerramento, o presidente da Comissão Moussa Faki disse que todas as decisões tinham sido adoptadas, nomeadamente a questão da República Saharaui.

Um relatório apresentado pelo Comissário do Conselho de Paz e Segurança, o argelino Smaïl Chergui, pede aos Estados membros que exortem Marrocos a aceitar o regresso de uma missão da União Africana para a República Saharaui, em Laâyoune.

A missão, dirigida pelo antigo chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano, não é reconhecida por Marrocos que acusa o documento de ser contrário à linguagem da ONU.

Líbia, Migrantes e espionagem

Marrocos respondeu à questão dos migrantes com uma mensagem do rei Mohamed VI, que esteve ausente da cimeira, onde anunciou a criação de um enviado especial da União Africana para as questões de migração.

Questionado pela imprensa sobre o futuro da Líbia, o presidente Paul kagame disse para “não haver precipitação na realização de eleições”. O plano do Presidente francês, Emmanuel Macron, para a Líbia preconiza eleições até ao final do primeiro semestre.

A cimeira fica ainda marcada pelas acusações de que a China, que construiu a sede da União Africana, estaria a espiar a organização pan-africana desde então. A informação que foi avançada pelo jornal Le Monde foi desmentida pelo presidente Paul Kagame.  

Em 2019 será o Egipto a assumir a presidência rotativa da União Africana.

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