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SOMALIANDIA

Somalilândia vota, mesmo sem reconhecimento

Na Somalilândia os eleitores votavam hoje para escolher o seu presidente nesta república autoproclamada em 1991 cuja independência continua a não ser reconhecida pela comunidade internacional. Uma votação sofisticada num território tido como dos mais democráticos de África.

Mulheres aguardam para votar nas presidenciais da Somalilândia a 13 de Novembre de 2017.
Mulheres aguardam para votar nas presidenciais da Somalilândia a 13 de Novembre de 2017. RFI/Sébastien Nemeth
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Tratam-se das terceiras eleições democráticas desde que a antiga Somália britânica proclamou a sua independência em 1991.

A Somália italiana e a Somália britânica tinham-se juntado na independência em 1960.

Em 1991 a Somalilândia emancipa-se do resto da Somália após a queda do autocrata Siad Barre que mergulhava o país numa guerra de clãs e precipitava o colapso do Estado somali.

Sem reconhecimento internacional, que só a Etiópia vê com simpatia, o país de quatro milhões de habitantes é essencialmente desértico e não tem acesso nem a empréstimos do Banco Mundial nem do Fundo monetário internacional.

Porém o Kuwait, por exemplo, financiou a renovação do aeroporto da capital, Hargeisa.

E isto enquanto a empresa Dubai Ports World deveria tratar da extensão do porto de Berbera, que é suposto entrar em concorrência com Jibuti no trânsito de contentores rumo à Etiópia.

O sucessor do presidente cessante, Ahmed Mohamud Silaanyo, que não se volta a candidatar deve ser escolhido entre três candidatos.

Muse Bihi, do partio Kulmiye, no poder, defronta os opositores Abdirahman Iro e Feysal Ali Warabe, este último tendo sido derrotado em 2010.

As eleições deviam ter tido lugar há dois anos, mas foram adiadas devido à seca e a contingências técnicas.

Os três candidatos protagonizaram um debate televisivo antes das eleições para apresentarem o respectivo programa com ênfase no reconhecimento internacional do território e na economia.

A Comissão de eleições previu bloquear o acesso às redes sociais a partir da hora de encerramento das mesas de voto, até uma hora ainda não definida, para evitar especulações sobre resultados ou receios de interferências de regiões vizinhas.

Manuel João Ramos, especialista português do Corno de África, comenta o escrutínio na Somalilândia.

01:56

Manuel João Ramos e as eleições na Somalilândia

Na óptica de Manuel João Ramos, especialista português do Corno de África é pouco provável que a antiga Somália britânica consiga beneficiar de reconhecimento internacional.

02:42

Manuel João Ramos sobre não reconhecimento da Somalilândia

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