G5 Sahel defendido pela Francofonia e presidente francês
O financiamento da força G5 Sahel, para a luta contra o terrorismo na África ocidental, foi tema do encontro mantido nesta segunda feira em Paris entre o chefe de Estado, Emmanuel Macron, e a secretária geral da Francofonia, Michaëlle Jean.
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Michaëlle Jean, antiga refugiada haitiana no Canadá, país de que viria a tornar-se Governadora geral, assumiu os desígnios da Organização Internacional da Francofonia (OIF) em Novembro de 2014 sendo a primeira mulher no cargo.
Neste seu primeiro encontro em Paris com o presidente francês Emmanuel Macron a líder da OIF abordou temas relacionados com a organização que conta 84 Estados membros.
Dentre eles constam os lusófonos Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, com Moçambique a beneficiar do estatuto de país observador.
Ambos os dirigentes prometeram "mais pragmatismo e reactividade" no espaço francófono, nomeadamente nas áreas da segurança, desenvolvimento e luta contra o terrorismo.
A implementação da força G5 Sahel foi um tema em foco. Um dispositivo envolvendo Mali, Chade, Mauritânia, Burkina Faso e Níger para combater o terrorismo nesta região da África ocidental que recebeu luz verde da ONU a 21 de Junho.
Os países africanos implicados devem fornecer os meios militares, mas continuam por obter parte dos financiamentos necessários.
Um caso que mereceu a atenção de Macron e de Jean.
Eis a tradução de um excerto das suas declarações a Esdras Ndikumana a este respeito:
"A União Europeia trouxe a sua contribuição.
Mas sabíamos já que estes contributos não seriam suficientes.
A França responde de forma significativa e levou mesmo o caso junto do Conselho de segurança.
Sobre a criação desta força G5 Sahel para lutar contra o terrorismo é necessário encontrar um pouco mais do que 400 milhões de euros.
E isto para garantir a sua implementação.
Poder-se-ia dizer que a quantia é astronómica, mas parece-me que isto é exequível.
A partir do momento em que a comunidade internacional compreende a situação e responde a esta necessidade.
Porque contribuir financeiramente para os recursos necessários visando garantir a existência e a implementação desta força é algo de necessário, não só para a África ocidental, como para o mundo."
Ouça aqui o excerto em questão:
Michaëlle Jean, secretária-geral da OIF, tradução de Isabel Pinto Machado
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