Costa do Marfim continua instável após rebelião militar
A situação na Costa do Marfim continua complicada com os militares revoltosos decididos a levar avante a rebelião iniciada recentemente e já bloquearam 5 cidades do país, numa altura em que o Presidente Uatará devia estar nas cerimónias de empossamento do homólgo do Gana.
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Os soldados marfineses que protagonizaram nos últimos dias uma rebelião na Costa do Marfim, estão decididos a continuar com a sua rebelião, estando a bloquear o acesso a cinco cidades do país, ou seja, Daloa, Daoukro, Korhogo, Odienné e Bouaké.
Os soldados em rebelião estão a reclamar aumentos e prémios salariais, para além de melhores condições de trabalho.
O movimento de rebelião tem como epicentro a cidade de Bouaké, para onde seguiu este sábado, 7 de janeiro, o ministro da Defesa para se encontrar com os revoltosos que recorreram às suas armas para se imporem, disparando para o ar em Bouaké, mas também em Abidjan, sem que haja vítimas.
Em Abidjan, os disparos aconteceram este sábado, nos quartéis militares de Akouédo e ontem em Bouaké, e o que está a complicar a situação é que há vários interlocutores entre os militares revoltosos e não um porta-voz que fale em nome de todos.
O PresidenteAlasane Uatará esteve ontem à conversa com vários responsáveis da hierarquia militar, antes de enviar o seu ministro da Defesa este sábado a Bouaké, tendo em conta que ele participa nas cerimónias do empossamento do seu homólogo do Gana, Nana Akufo-Addo.
Esta tarde a situação era calma quer Abidjan quer em Bouaké, segundo o correspondente da RFI, na Costa do Marfim.
O relato da situação com João Matos.
João Matos sobre situação militar na Costa do Marfim
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