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África

ONU denuncia "limpezas étnicas" no Sudão do Sul

A ONU denunciou "limpezas sexuais e étnicas" que devastam o Sudão do Sul e pede o envio imediato de uma força regional de 4.000 homens.

© HCR/Will Swanson
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Duas semanas depois do alerta lançado por especialistas em direitos humanos das Nações Unidas, em visita ao Sudão do Sul, a presença de sinais de um genocídio persiste. Segundo estes peritos, a violência tem afectado grupos específicos e pode provocar uma “limpeza étnica” no país.

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU lançou um apelo numa sessão especial sobre o Sudão do Sul, convocada a pedido dos Estados Unidos e apoiada por 48 países.

A situação humanitária dramática no Sudão do Sul, em via de uma guerra civil desde Dezembro 2013 tirou a vida a dezenas de milhares de pessoas e provocou a deslocação de mais de 2,5 milhões pessoas, mas continua a degradar-se.

O padre José Vieira, especialista nas questões sudaneses, explica que se trata da vingança dos "dinkas", hoje no poder, sobre os "equatorianos".

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Padre José Vieira, especialista em questões sudanesas

Desde a falha no último plano de paz em Julho passado, as violências aumentaram, as populações dividem-se em confrontos de carácter étnico que deixam transparecer a pior das facções entre rivais.

Num discurso aquando da abertura da sessão, o Alto-comissário para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, sublinhou que a economia do Sudão do Sul foi destruída por três anos de conflito; "cerca de 4,8 milhões de pessoas, sem recursos, estão expostas à ameaça muito real de grave insegurança alimentar e da fome", afirmou Zeid Ra'ad al-Hussein.

A presidente da Comissão dos Direitos Humanos no Sudão do Sul, Yasmin Sooka, denunciou, por seu turno, "um processo regular de limpeza étnica já em curso em certas partes do país".

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