Dia mundial de luta contra a Sida
A cada 1° de Dezembro, os actores da luta contra a Sida renovam as campanhas de mobilização e sensibilização. Dizem os estudos que a epidemia pode desaparecer com a conjugação dos esforços e meios de combate. Todavia, os dados também dizem que perto de metade dos portadores do vírus em todo o mundo ignoram o seu estado clínico.
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Neste dia internacional da SIDA foi lançado um novo estudo que renova a esperança de uma possível cura funcional para o vírus. Trata-se de um medicamento já a ser testado em humanos nos Estados Unidos, isto depois de o fármaco ter neutralizado os efeitos dos vírus em macacos. Os testes vão prolongar-se até, pelo menos, 2018.
De acordo com a ONU, vírus do VIH afecta actualmente mais de 36,7 milhões de pessoas em todo o mundo. A OMS acrescenta que em 2015, 4 pessoas portadoras do VIH em 10 não conheciam o seu estatuto. Dados que preocupa a Organização Mundial de Saúde pois metade dos casos são diagnosticados tardiamente. Dos 25,5 milhões seropositivos, 12,5 milhões não sabem que são portadores do vírus e pelo menos 13,4 milhões de pessoas que vivem na situação não têm acesso ao tratamento.
A grande tónica da edição 2016 desta jornada prende-se com a sensibilização para a realização de testes por um número muito elevado de pessoas desconhecer a sua seropositividade. Um dado comentado por Luís António Loures, responsável de iniciativas globais da ONUSIDA, que não deixa de comentar os avanços registados em África.
Luís António Loures, responsável de iniciativas globais da ONUSIDA
A África Subsaariana acolhe 90% das crianças com VIH/Sida e os africanos são cerca de 65% do total das pessoas infectadas em 2015. África Subsariana acolhe mais de 2 milhões de seropositivos com menos de 15 ano e em termos de novas infecções a região registou cerca de 1,4 milhões, o equivalente a 65% do total mundial.
De sublinhar ainda que ontem arrancou uma campanha de testes na África do Sul para uma vacina contra a Sida. Uma iniciativa à qual se refere Luís António Loures, responsável de iniciativas globais da ONUSIDA, que não deixa de se expressar a sua preocupação com o facto da menor utilização do preservativo nas relações entre homossexuais masculinos e o consequente aumento de infecções.
Luís António Loures sobre a menor utilização do preservativo
Entrevista de Miguel Martins.
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