África do Sul testa vacina contra a SIDA
O primeiro estudo sobre a eficácia da vacina contra o HIV, começou a ser testado nesta quarta-feira na África do Sul, na véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Sida.
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O estudo, denominado HVTN 702, determinará se um regime experimental de vacina previne com segurança a infecção pelo HIV entre adultos sul-africanos e o mote da campanha é "prego final no caixão da SIDA".
Os primeiros testes de uma vacina contra SIDA tiveram lugar na Tailândia em 2009 com uma reduçao de 31% dos riscos de contaminaçao, o novo teste de vacina hoje lançado na Africa do Sul é baseado nesta mesma vacina, que foi no entanto "adaptada às estirpes mais presentes na África subsariana", como explica o médico infecciologista moçambicano Gilberto Lucas.
Gilberto Lucas, médico infecciologista moçambicano
Na África do Sul estão inscritos mais de 5.000 homens e mulheres sexualmente activos com idades compreendidas entre 18 e 35 anos, tornando-se o maior e mais avançado ensaio clínico de vacinas contra o HIV a ser realizado no país, onde mais de 1.000 pessoas são diariamente infectadas pelo HIV e mais de 7 milhões vivem com SIDA, ou seja uma das maiores taxas de prevalência a nível mundial, rondando os 19,2% segundo a ONUSIDA .
Os dois primeiros participantes no ensaio HVTN702 foram vacinados esta quarta-feira em Verulam, norte de Durban.
A nova vacina será testada em 15 localidades em toda a África do Sul.
Voluntários serão aleatoriamente designados para receber o teste da vacina ou um placebo.
Todos os participantes receberão um total de cinco injeções ao longo de um ano, e os resultados são esperados para o final de 2020.
Com a colaboração de Mariamo Hassamo, correspondente em Pretória.
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