Oposição apela à greve na RDC
A Coligação das Forças de Oposição congolesa apelou a uma greve, amanhã, para contestar a decisão da Comissão Nacional de Eleições adiar as eleições presidenciais no país. No sábado o movimento disse que não ia participar no "diálogo nacional" convocado pelos facilitadores da União Africana com vista às eleições pacíficas no país.
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A Coligação das Forças de Oposição pediu à população para se mobilizar numa só voz depois da Comissão Nacional Eleitoral ter afirmado que as eleições presidenciais, previstas para Novembro, só se irão realizar no próximo ano. A Comissão Nacional Eleitoral alega que o atraso do escrutínio se deve ao registo eleitoral de 30 milhões de eleitores que começou em Março e só estará completo em Julho de 2017.
Diálogo Nacional
Este anúncio acontece depois dos facilitados da União Africana terem convocado para amanhã um "diálogo nacional" para a realização de eleições pacíficas no país. A Coligação das Forças de Oposição considerou, em comunicado, que a decisão do facilitador da UA é "uma provocação" e por essa razão não vai participar nos trabalhos.
O Movimento de Libertação do Congo, a segunda força política na Assembleia Nacional, também não estará presente no encontro por considerar que se estará a debater uma questão que não figura na constituição. Para os opositores, os facilitadores e os seus "cúmplices" serão responsáveis pelas consequências de quererem a todo custo prolongar o mandato de Joseph Kabila.
A constituição congolesa prevê apenas dois mandatos presidenciais e a oposição acusa o presidente de estar a adiar as eleições para poder continuar. No passado mês de Maio o Supremo Tribunal decidiu que o chefe de Estado continuaria no posto até à eleição de um novo Presidente, Kabila que está no poder desde 2001.
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