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ANGOLA

Angola e França reforçam parceria económica

As relações políticas entre Angola e França "estão ao melhor nível de sempre", disse hoje o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, que participou no encerramento de um fórum de negócios França-Angola ao lado do chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti.

Carina Branco
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"Angola : Potência Africana Emergente"  foi o título escolhido para o fórum de negócios França-Angola, que reuniu cerca de 250 pessoas em Paris, incluindo António Carlos Sumbula, o presidente da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), a empresária angolana Isabel dos Santos e dirigentes de empresas do setor petrolífero como a Total e a BP.

O fórum foi encerrado pelos chefes da diplomacia angolana e francesa. Laurent Fabius qualificou o encontro como "uma etapa essencial de reforço das relações económicas", destacando que "as relações políticas entre Angola e França são absolutamente excelentes" e que "estão ao melhor nível de sempre".

00:41

Laurent Fabius, Ministro francês dos Negócios Estrangeiros

Num francês fluente, Georges Chikoti falou em "cerimónia importante porque, pela primeira vez, os empresários angolanos e franceses puderam encontrar-se para pensar em projetos que podem realizar juntos – seja em França ou em Angola ".

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Georges Chikoti, ministro angolano das Relações Exteriores

No final, o ministro angolano das Relações Exteriores e o seu homólogo francês assinaram um acordo para facilitar a entrega de vistos para empresários e um plano de acção para uma parceria económica reforçada.

Georges Chikoti chegou hoje a Paris, depois de ter efetuado uma visita oficial aos Estados Unidos, onde foi recebido, ontem, pelo homólogo norte-americano John Kerry.

De acordo com dados do ministério dos Negócios Estrangeiros francês, o comércio bilateral entre França e Angola atingiu perto de 1,47 mil milhões de euros em 2012. Nesse ano, as exportações francesas totalizaram 543,9 milhões de euros - dominadas pelos equipamentos destinados ao uso petrolífero - e as importações atingiram 933 milhões de euros.

Cerca de 70 empresas francesas estão presentes em Angola, principalmente no setor petrolífero, com a Total a ser o primeiro operador no país.

 

Uma das mesas redondas mais concorridas do fórum teve como tema "hidrocarbonetos e minas" e contou com a participação de António Carlos Sumbula, presidente da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama). Em entrevista à RFI, o empresário comentou a queda da cotação do petróleo e o seu impacto nas receitas do estado e relativizou as denúncias de violação dos direitos humanos nas Lundas.

01:32

António Carlos Sumbula, Presidente da Endiama

A nível diplomático, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros destacou o papel de Angola para a gestão das crises em África, relembrando que Angola se prepara para assumir, em janeiro de 2015, um assento de membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Relativamente à instabilidade na República Democrática do Congo, Georges Chikoti admitiu que a partir de 3 de janeiro, as tropas das Nações Unidas vão começar a preparar-se para uma intervenção contra os rebeldes das FDLR, mas que uma reunião sobre o assunto vai acontecer a 17 de janeiro. O prazo para desarmamento das milícias termina a 2 de janeiro.

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Georges Chikoti sobre intervenção militar na RDC

Quanto à normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos, o ministro angolano disse que "todo o mundo está contente".

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Georges Chikoty sobre normalização de relações entre Cuba e EUA

 

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