Autoridades militares da Guiné-Bissau admitem tentativa de golpe de Estado
O Chefe de Estado maior general das forças armadas guineenses, António Indjai, apresentou nesta quinta-feira alegadas provas da tentativa de um golpe de Estado. Os detidos já receberam entretanto a visita, nomeadamente, da Liga dos direitos humanos que está preocupada com as condições de detenção dos suspeitos.
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A hierarquia militar mostrou à imprensa armas apreendidas em casas dos subúrbios de Bissau no que teria sido uma tentativa de derrubar o governo de Carlos Gomes Júnior.
Dois dos militares detidos naquela intentona afirmaram aos jornalistas que a sublevação militar de 26 de Dezembro passado visava colocar Roberto Ferreira Cacheu, deputado do PAIGC, como primeiro-ministro, em substituição de Carlos Gomes Júnior.
Também o actual número um dos militares deveria, pois, ser derrubado e substituído pelo general Watma Na Lai, antigo Chefe de Estado maior do exército.
Mussá Baldé, correspondente em Bissau, faz-nos o rescaldo do dia.
Mussá Baldé
Entretanto vários organismos, incluindo a Liga guineense de direitos humanos visitaram os detidos tidos como suspeitos de envolvimento na tentativa de alteração da ordem constitucional.
Luís Vaz Martins, presidente da Liga, afirmou a sua preocupação pelo estado de detenção dos presos.
Luís Vaz Martins
Angola tem vindo a ser criticada por ter dado protecção ao primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior pela perseguição que o governo teria alegadamente fomentado a opositores do regime.
Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores, entrevistado por Liliana Henriques, alega que a atitude de Angola foi de carácter humanitário.
Georges Chikoti
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