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Guiné-Bissau / Senegal

Carlos Gomes Júnior apela a União Europeia a não travar o desenvolvimento da Guiné

A partir de Dakar, o primeiro-ministro guineense apelou a União Europeia a não travar o desenvolvimento da Guiné, e anunciou consultas com esta instituição em finais de Março ou inicio de Abril, para reactivar a cooperação bilateral.

Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Reuters
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Na sua visita de trabalho ao Senegal, o primeiro-ministro guineense Carlos Gomes Júnior, avistou-se com o seu homólogo senegalês Souleymane Ndéné Ndiaye, com o presidente Abdoulaye Wade e na terça-feira (15/02/2011) teve encontro com os embaixadores dos países acreditados em Bissau, mas residentes em Dakar, a quem lançou um veemente apelo para que a União Europeia não tome “medidas que travem o desenvolvimento” da Guiné, que “vive momentos difíceis mas também de esperança”.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, decidiram suspender parte dos programas de cooperação económica com Bissau, devido à instabilidade vigente no país, designadamente desde a intervenção militar de 1 de Abril 2010 e da consequente detenção do então Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, almirante José Zamora Induta.

A União Europeia ameaçou mais recentemente decretar sanções económicas e políticas à Guiné-Bissau, por desrespeito dos acordos de Cotonou, e acusa entre outros o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, tenente-general António Indjai, e o chefe do Estado-Maior da Armada, contra almirante Bubo Na Tchuto, de “ameaçar a paz, a segurança e estabilidade” do país.
Estas duas altas patentes militares e o chefe de Estado Maior da Força Aérea, general Papa Camará, são acusados de tráfico de droga pelo Departamento de Estado americano.

A União Europeia reclama a abertura e conclusão de inquéritos independentes sobre os incidentes ocorridos em Abril 2010 e os assassínios em Março de 2009, do presidente Nino Vieira , do antigo CMGFA Tagmé Na Waie, do deputado Hélder Proença e do candidato presidencial Baciro Dabó, e pede a nomeação para as chefias militares de pessoas “não relacionadas com actos de violência inconstitucionais ou ilegais”.

Na passada segunda-feira (14/02/2011) e a pedido do presidente Malam Bacai Sanhá e do alto representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Portugal conseguiu travar a aprovação das sanções europeias.

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Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau

Como não podia deixar de ser, o primeiro-ministro guineense encontrou-se também com elementos da comunidade guineense radicada em Dakar.

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Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau

 Esta visita de Carlos Gomes Júnior ao Senegal, insere-se na ampla ofensiva diplomática que as autoridades guineenses decidiram levar a cabo, para explicar aos parceiros a real situação em que se encontra o país e pedir apoios.

Nesse sentido está neste momento na Europa uma delegação liderada pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros Adelino Mano Queta, que depois de Lisboa, segue para Marid, Paris, Berlim, Londres e Bruxelas (sede da União Europeia).

Com a colaboração de Cândido Camará, correspondente da RFI em Dakar


 

 

 

 

 

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