Finalistas das eleições presidenciais na Guiné Conacri apelam à calma
A Guiné Conacri vota neste domingo para a segunda volta das eleições presidenciais. Um acto várias vezes adiado e que está a suscitar muita expectativa e também apreensão por causa dos descatos registados desde a primeira volta. Os protagonistas deste escrutínio lançaram desde já um apelo à calma.
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Cellou Dalein Diallo, antigo primeiro-ministro, e Alpha Condé, opositor histórico, num registo difundido ao longo deste sábado apelaram à calma e à fraternidade.
Uma iniciativa interpretada como uma forma de diminuir a tensão jà que desde o apuramento dos resultados da primeira volta foram assinalados vàrios episódios de violência político-etnica.
Jà desde esta sexta-feira os finalistas desta eleição abraçaram-se perante as câmaras e reiteraram o seu compromisso em trabalhar em prol de um escrutínio pacífico, livre e democrático.
O enviado especial da União Africana, Ibrahima Fall, demonstrou-se prudente alegando que uma surpresa pode sempre vir a acontecer... mas afirmou que se adivinha aí um acto eleitoral calmo.
A primeira volta teve lugar já a 27 de Junho e os vàrios adiamentos da segunda vieram de alguma forma envenenar a atmosfera no país tendo-se assistido a desacatos entre fulas, a etnia de Diallo, e malinkés, a de Condé.
Tanto um como outro deviam avistar-se com o general Sékouba Konaté, o chefe da junta militar, que tem reiterado a sua "pressa" em deixar o poder.
Neste domingo todas as fronteiras terrestres, aéreas e maritimas permanecerão encerradas das seis da manhã à meia noite em todo o país e isto para estas primeiras eleições presidenciais livres da Guiné Conacri desde a sua independência em 1958.
A expectativa é grande para se virar a pàgina de mais de meio século marcado por regimes autocráticos... que fizeram com que o dia a dia do país ficasse marcado pela corrupção e pela repressão.
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