Amazónia: cimeira para reforçar protecção e sustentabilidade

Seis países da região amazónica reuniram-se na cidade colombiana de Leticia para implementar medidas visando a protecção da maior floresta tropical, depois das críticas internacionais de que foi alvo o governo brasileiro, acusado de não reagir a desflorestação e aos incêndios devastadores que assolaram a sua Amazónia.

Um bombeiro luta contra o fogo, na floresta da região de União do Sul,em Mato Grosso,na Amazónia brasileira .04 de Setembro de 2019 ©REUTERS/Amanda Perobelli

Segundo um comunicado da presidência colombiana,a cimeira dos chefes de Estado da região amazónica, tem como objectivo criar as condições para um diálogo regional, em matéria de protecção e sustentabilidade da Amazónia, que é fundamental para a sobrevivência do mundo.

Para além dos Presidentes Iván Duque, da Colômbia, e Martín Vizcarra do Peru, participam no encontro, os seus homólogos do Equador, Lenín Moreno e Evo Morales da Bolívia, bem como o vice-presidente de Suriname, Michael Adhin. O Brasil é representado pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Segundo as autoridades brasileiras, o Presidente Bolsonaro não pode deslocar-se à Leticia por razões de saúde. Bolsonaro participa na cimeira por video- conferência.

Durante a reunião, os seis Estados vão assinar o Pacto de Leticia pela Amazónia.

O documento consiste num pacote de medidas que deverá ser aplicado não só pelos países amazónicos, mas também pela comunidade internacional, visando a protecção da floresta e a sustentabilidade da Amazónia.

De acordo com o Presidente Iván Duque, o novo convénio tem como objectivo reforçar os mecanismos de protecção da Amazónia, uma vez que o Tratado de Cooperação Amazónica, assinado em 1978, assim como a Organização do Tratado de Cooperação Amazónica, revelaram-se insuficientes.