Acesso ao principal conteúdo
Política/Arábia Saudita

Arábia Saudita procura isolar Irão

Durante a uma conferência dos países do Golfo em Meca, que coincide com o fim do ramadão, o rei Salman da Arábia Saudita reiterou as suas acusações contra o vizinho Irão. O monarca apelou os Estados árabes a enfrentar as acções iranianas que ele qualificou de criminosas. As acusações do rei Salman, tiveram lugar, no início de duas cimeiras de emergência, na sequência de sabotagens a navios petroleiros que levaram a recear a deflagração de um conflito regional.

Um  cartaz  do rei  Salman bin Abdulaziz Al Saud nos subúrbios  de Riade. Fevereiro  de 2018
Um cartaz do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud nos subúrbios de Riade. Fevereiro de 2018 © REUTERS/Faisal Al Nasser/File Photo
Publicidade

Os ataques verbais do rei Salman contra o Irão foram unânimente apoiados pelos países árabes, reunidos em Meca com o monarca saudita, com excepção do Iraque.

Principal aliado árabe dos Estados Unidos na região do Golfo, o rei saudita afirmou que a falta de uma resposta dissuasiva aos actos de sabotagem do Irão encorajaram este último a prossegui-los e a reforçá-los.Salman afirmou que as alegadas acções criminosas por parte do país persa, exigem que os estados do Conselho de Segurança do Golfo reforçem a sua cooperacção de forma a preservar a segurança e as realizações do referido bloco.

O rei Salman, inimigo número um do islão xiita, apelou igualmente a comunidade internacional a recorrer a todos meios para combater os muçulmanos xiitas.

País de maioria chiita, o Irão não apoiou o comunicado final de Meca, que condena Teerão acusado de estar na origem das sabotagens aos petroleiros e à oleodutos na região do Golfo.

Em resposta as autoridades iranianas acusaram a Arábia Saudita de criar divisões entre os Estados muçulmanos que favorecem Israel, ao convocar as cimeiras do Conselho de Segurança do Golfo e dos países árabes.

De acordo com Seyed Abbas Mousavi, porta-voz do Ministério dos Negócios estrangeiros iraniano, a Arábia Saudita tenta aliar os países vizinhos e árabes contra o Irão numa continuidade do que têm feito os Estados Unidos e o regime sionista.

As cimeiras têm lugar, depois do falcão e Conselheiro Nacional para a Segurança americano, John Bolton, ter afirmado na quarta-feira, que o Irão estava certamente por detrás dos ataques contra os quatros navios petroleiros, dos quais dois sauditas e dois dos Emirados Árabes Unidos.

Teerão qualificou as afirmações de Bolton de risíveis, bem como o acusou de alimentar desejos malignos para provocar o caos no Médio-Oriente.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.