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Política/Camboja

Camboja:sem oposição Hun Sen poderá obter maioria absoluta

Decorreram no Camboja as sextas eleições gerais da era após-kmer vermelho, marcadas pelo favoritismo do Primeiro-ministro Hun Sen que governa o país há 33 anos. Dezasseis partidos participaram no escrutínio deste domingo, mas a exclusão do Partido Cambojano de Salvação Nacional,principal força da oposição, segundo observadores,tira credibilidade ao escrutínio, cujo resultado, visto como favorável à Hun Sen, será oficialmente anunciado em meados de Agosto. O português Francisco Salema,que reside e trabalha no Camboja, em declarações à RFI, referiu-se à normalidade no país e à probalidade da vitória do Partido Popular Cambojano de Hun Sen, com uma maioria absoluta.

O  Primeiro-ministro cambojano,Hun Sen, rodeado por partidários faz o V de vitória quando preparava-se para votar .Kandar. 29  de Julho de 2018
O Primeiro-ministro cambojano,Hun Sen, rodeado por partidários faz o V de vitória quando preparava-se para votar .Kandar. 29 de Julho de 2018 REUTERS/Samrang Pring
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O Camboja foi domingo às urnas para a sexta eleição geral, que segundo os analistas estrangeiros deveria consolidar o poder do Primeiro-ministro Hun Sen, que governa o país asiático desde a queda dos khmers vermelhos há 33 anos.

A exclusão e posterior dissolução do Partido Cambojano de Salvação Nacional, principal força da oposição, cujo líder se encontra no exterior, tira, segundo os analistas estrangeiros, credibilidade ao escrutínio.

A oposição cambojana qualificou a eleição geral, de golpe contra a democracia, acusando Hun Sen de silenciar e exccluir os seus adversários políticos.

Dezasseis pequenos partidos participaram no escrutínio, ao qual a União Europeia declinou o envio de observadores por considerar que a eleição não preenchia os requisitos de um processo democrático normal.

Antigo comandante dos khmer vermelhos convertido ao liberalismo económico baseado no modelo chinês, Hun Sen,cujo Partido Popular Cambojano era o favorito da eleição, reivindica a estabilidade política e o crescimento económico do Camboja, como o resultado da sua acção governativa .

Mais de oito milhões de eleitores participaram no escrutínio geral cambojano,decorrido na normalidade e com a presença de vários observadores de países como a China e a Rússia.

Em declarações à RFI o cidadão português Francisco Salema, residente em Phnom Penh,realçou nomeadamente que embora os resultados oficiais do escrutínio sejam conhecidos só em meados de Agosto, tudo aponta para uma vitória do Partido Popular Cambojano de Hun Sen, com uma maioria absoluta.

04:19

Francisco Salema 29 07 2018

A influência do apelo ao boicote lançado pelo, agora dissolvido, Partido Cambojano de Salvação Nacional somente será apurada por ocasião do anúncio dos resultados da eleição geral de 29 de Julho,para a qual o governo,de acordo com observadores locais, tomou medidas coercitivas para fazer com que todos os cambojanos se deslocassem às mesas de voto.

O resultado que será divulgado em meados de Agosto, determinará a taxa participativado eleitorado e confirmará ou não se a eleição foi um plebiscito à governação de Hun Sen, que em caso de uma vitória com maioria absoluta tornar-se-á aos 65 anos o homem forte do Camboja, do após-khmeres vermelhos.

 

 

 

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