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Política/Israel

Israel anula acordo com ONU sobre migrantes africanos

Criticado nos últimos meses e pressionado por associações de direitos humanos,o Primeiro-ministro Benyamin Netanyahu decidiu anular a medida que previa a expulsão de Israel de vários milhares de imigrantes africanos. De acordo com Netanyahu, o seu gabinete avaliou as consequências negativas e positivas da expulsão para Israel. Os imigrantes africanos residindo ilegalmente no Estado hebreu, entraram no país desde 2007.

Benyamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel. 30 de Março de 2018
Benyamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel. 30 de Março de 2018 REUTERS/Ronen Zvulun
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Ao cabo de uma extraordinária reviravolta, o Primeiro-ministro de Israel Benyamin Netanyahu revogou nesta terça-feira o acordo com a ONU que previa a legalização administrativa de milhares de migrantes africanos em Israel, bem como a sua reinstalação em países ocidentais.

O chefe do governo israelita afirmou que o seu gabinete avaliou as vantagens e os inconvenientes do acordo, tendo decido anular o compromisso com as Nações Unidas.

O referido acordo, concluído com o Alto Comissariado Para os Refugiados das Nações Unidas, tinha como objectivo substituir uma medida visando a expulsão dos migrantes africanos. A controversa medida, desencadeou fortes críticas por parte de sectores da sociedade israelita.

O acordo assinado com a ONU e anulado por Benyamin Netanyahu, estabelecia que 16.000 sudaneses e eritreus residindo em Israel, fossem acolhidos por países ocidentais.

Em troca, o Estado hebreu comprometia-se em regularizar um número equivalente de africanos residentes no seu território.

Benyamin Netanyahu foi alvo de severas críticas de todos os quadrantes da sociedade e em particular da direita, sobretudo quando anunciou na segunda-feira a  anulação do programa inicial de expulsões e a sua substituição pelo acordo com o Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas.

Segundo as autoridades israelitas, 42.000 imigrantes africanos vivem em Israel. No seio destes últimos, as mulheres e as crianças não eram abrangidas pelo plano inicial de expulsões.

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